4 de abril de 2009

Floresta florescente

Photo by Alice atrás do Espelho

Deitada numa relva de pensamentos,
Cheiro o perfume da tua tempestade.
Morreste entre pétalas caídas no corpo da terra,
E a inocência perdeste em submissa seiva.

Caules cortados por espirais de ventos ritmados,
Dançam e cantam agora em uníssono.
Deita-te a meu lado e ouve a cor das flores,
Cujas palavras picam no chão da chuva.

Raízes de prazer seguram o tormento de desertas planícies,
E a loucura de um sol desorientado espreita.
Entre nuvens incandescentes, borboletas viciadas desaparecem.
Imagens de azul-pálido beijam a brisa, que paira numa recordação.

Não sou uma santa em teu armário de sorrisos,
Nem estátua alimentada por um sentimento verde.

2 comentários:

Mar disse...

...que saudades que eu tenho... de ouvir a cor das flores.

Obrigada por me lembrares, desta saudade.

Alice atrás do Espelho disse...

Obrigada Mar, pelas gentis palavras. Ainda bem que tenho utilidade...é sempre reconfortante! :D