13 de fevereiro de 2009

Camaleão aos pedaços...

Photo by Alice atras do Espelho

Na preguiça da loucura bocejo à espera.
O tempo pára só por uns segundos.
Tomo um banho de som intrépido.
Limpo os olhos de papel. Remendos cristalinos.
Retiro da boca umas palavras, algumas vêm rasgadas.
Sacudo este sentimento.
O silêncio questiona.
Vou lá estar gentilmente, tal como antes.

Pássaros chilreiam baixinho, nas persianas.
Escondemos a dor num cesto,
E ninguém quer ouvir a Morte.
Cozo a pele numa manta de cores.
Mudo de camisola por um punhado de respostas,
Um dia para dentro e um dia para fora.

Com coragem de camaleão procuro outros animais.
Palpita a mão da tua geração,
E há sempre alguma coisa que partiu.
Sorri crocodilo enquanto te sentas no trono.
Boa viagem quando caíres,
Agora para cima e depois para baixo.

Verifiquei no eco do precipício,
E ao meu ouvido a Fantasia sussurrou.
Dedico um sono profundo às nuvens.

Emerge a realidade. Dentro do casulo.
Apercebo-me que estás ai.
Em toda a parte.
Olho em volta para o tamanho das ruas.
Vende-se amor aos litros.
Apanho os pedaços da tua voz.
És tu? Ou sou eu?
Dou-te tempo para matares.

Quando o mundo está demasiado comigo.
Volto a enlouquecer…

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