Photo by Alice atrás do EspelhoAcordei a meio…
Visualmente cansada e sem procurar o fio estável, entro em desgaste promíscuo.
Abano a cabeça em desequilíbrio fugaz, não consigo parar…
Giram nas minhas frinchas instáveis um delírio rápido.
Estou negra...
Negra de mim…
Negra de ver...
Atitude dispersa que me tenta consolar,
Preciso de respirar aquilo que me faz falta.
Fujo entre linhas contorcidas que desenham gritos lilases.
Dói-me o sorriso, lábios acorrentados ao chão,
Beijo inimigos em horizontes envenenados.
Entidade deformada que se serve em colheres intoxicadas,
Toca tambor de pele morta mas não me desperta.
Arranco danças nos pretextos de outros objectivados.
Gato ou sapato tanto faz, quero pulsões de açúcar…
Fase ou dúvida na voz da pergunta.
Caço proximidades como quem ouve melodias.
Circo de confissões enlatadas, que dorme em meus ouvidos.
Estou negra…
Negra na definição…
Negra do mundo…
Espremo vias doces na esperança agoniada.
Pelo exagero chego ao outro lado imperceptível da minha face.
Olhos fechados de ruas vulgarmente miseráveis.
Oiço-as amigáveis trovejar lá fora.
As frestas do silêncio impõem-se em frescos estores.
Depois da cabeça vem a dor do vento.
Está contido, tem um nome.
Volto a sair de onde estava.
Deixei-me naquele sítio.
Levanto. Quero outro…
Aqui não fico, vou procurar…
Outro bocado de mundo que há em mim.
Visualmente cansada e sem procurar o fio estável, entro em desgaste promíscuo.
Abano a cabeça em desequilíbrio fugaz, não consigo parar…
Giram nas minhas frinchas instáveis um delírio rápido.
Estou negra...
Negra de mim…
Negra de ver...
Atitude dispersa que me tenta consolar,
Preciso de respirar aquilo que me faz falta.
Fujo entre linhas contorcidas que desenham gritos lilases.
Dói-me o sorriso, lábios acorrentados ao chão,
Beijo inimigos em horizontes envenenados.
Entidade deformada que se serve em colheres intoxicadas,
Toca tambor de pele morta mas não me desperta.
Arranco danças nos pretextos de outros objectivados.
Gato ou sapato tanto faz, quero pulsões de açúcar…
Fase ou dúvida na voz da pergunta.
Caço proximidades como quem ouve melodias.
Circo de confissões enlatadas, que dorme em meus ouvidos.
Estou negra…
Negra na definição…
Negra do mundo…
Espremo vias doces na esperança agoniada.
Pelo exagero chego ao outro lado imperceptível da minha face.
Olhos fechados de ruas vulgarmente miseráveis.
Oiço-as amigáveis trovejar lá fora.
As frestas do silêncio impõem-se em frescos estores.
Depois da cabeça vem a dor do vento.
Está contido, tem um nome.
Volto a sair de onde estava.
Deixei-me naquele sítio.
Levanto. Quero outro…
Aqui não fico, vou procurar…
Outro bocado de mundo que há em mim.
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